A queda de cabelo na quimioterapia é um dos efeitos mais temidos pelos pacientes. Ela é causada pelo conjunto de medicamentos usados nesse tratamento, conhecidos por atacar as células de rápido crescimento do corpo. Geralmente, eles são diferentes entre si e têm consequências distintas.

Uma das características da célula cancerígena é seu rápido crescimento e multiplicação em relação às outras células do corpo. Por isso, ela é mais afetada pela medicação. No entanto, outras células que também se reproduzem rápido são impactadas pelo tratamento, como as capilares.

Continue lendo para entender melhor sobre o assunto e veja algumas alternativas para evitar a perda dos fios.

Afinal, toda quimioterapia faz o cabelo cair?

Tudo dependerá dos medicamentos usados no tratamento. Isso também varia de acordo com o tipo de câncer. Remédios como os alquilantes e os inibidores de topoisomerase, tais quais o irinotecan e as antraciclinas, podem causar a alopecia — termo técnico para a queda capilar. Outros medicamentos, por exemplo, os taxanes (paclitaxel e docetaxel), danificam a estrutura do fio capilar e o torna mais quebradiço.

Sabendo que essas medicações foram desenvolvidas para impedir que as células cancerígenas se multipliquem, a tendência é reduzir os tumores e aumentar a chance de cura. O problema é que as células responsáveis por fazer crescer o cabelo também são afetadas. Alguns remédios, como o sunitinib, interferem no estímulo de crescimento dos vasos sanguíneos e das células. Isso pode alterar a cor dos fios, tornando-os mais claros.

De modo geral, os cabelos caem gradualmente. Isso inicia-se a partir do décimo dia após o tratamento. Existem casos em que a perda dos fios pode ser mais lenta e, em outros, nem todo o cabelo cai. Contudo, após o término da quimioterapia, ele volta a crescer no período de 2 a 3 meses. O crescimento total dos fios pode levar de 6 a 12 meses.

Apesar disso, é importante notar que nem todos os medicamentos usados para tratar o câncer causam a queda de cabelo. Um exemplo disso são os imunoterápicos e os biológicos. Tudo isso dependerá da dose utilizada para cada pessoa.

Existe uma forma de evitar queda de cabelo na quimioterapia?

Hoje, há alguns métodos utilizados para tentar evitar ou reduzir a perda de cabelo. Eles são alternativas, principalmente, para as mulheres que se sentem com baixa autoestima. Nos casos de câncer da mama, por exemplo, dois dos principais medicamentos usados para o tratamento atacam diretamente as raízes dos fios — o que causa a alopecia.

Uso de toucas geladas

Um procedimento que tem mostrado eficácia para prevenir esse efeito colateral é a crioterapia capilar. Ela é bastante conhecida pelo uso de aparelhos que causam o resfriamento do couro cabeludo durante as sessões de quimioterapia. Existem vários equipamentos capazes de fazer esse resfriamento e um deles é a touca térmica gelada. Com ela, é possível reduzir o fluxo sanguíneo devido ao frio e proteger o couro cabeludo.

Dessa forma, menos sangue passará pelas partes do corpo que estão geladas. Seu resultado é mais eficiente em tratamento menos intensos. Já nos casos mais intensos, ainda é observada a perda dos fios. Porém, ela é maior quando esse aparelho não é utilizado.

Agora que você entende como acontece a queda de cabelo na quimioterapia e conhece maneiras de evitar esse efeito colateral, pode colocá-las em prática. Lembre-se que a perda de cabelo é temporária. Apesar de ser uma experiência complicada, é fundamental contar com o apoio de familiares e amigos nesse momento.

Se você achou este conteúdo interessante, acompanhe também nossa página do Facebook. Nela, você encontrará diversos conteúdos informativos como este!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *