No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que entre 50 e 60 mil novos casos da doença surjam todos os anos. O problema é que muitas mulheres acreditam que só é preciso se preocupar com esse tipo de câncer quando há algum caso na família.
Segundo o médico Joaquim Moraes Sarmento Filho, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, 95% das pacientes com câncer de mama não têm fator genético, mas as células passam por mutação no decorrer da vida. Entretanto, ele destaca que aquelas com histórico familiar devem realizar o acompanhamento, porque o tumor pode aparecer mais cedo, antes dos 40 anos.
O especialista lembra que a doença também pode atingir homens, mas a incidência é menor – a cada 100 casos em mulheres, apenas um aparece em homens. Neste caso, a mama masculina é pequena e pode aparecer ulcerações e secreção com sangue. Já na mulher, é comum o aparecimento de nódulos e secreção de forma espontânea e persistente.
O médico lembra que o câncer de mama começa pequeno, mas suas células podem alcançar a corrente sanguínea e atingir outros órgãos.
Sobre a prevenção, Joaquim Sarmento esclarece que é importante fazer a mamografia anualmente. "Quanto mais precoce a detecção, maior a chance de cura. Essas chances de cura chegam a 99% quando é detectado o câncer em estágio inicial", afirma o professor.
Fonte: Jornal da USP