O que são BRCA1 e BRCA2?
O nosso organismo possui mecanismos de defesa para reparar danos que ocorrem no DNA de nossas células. Um desses mecanismos são os anti-oncogeneres. Eles são responsáveis por reparar as lesões sofridas, evitando que a célula perca a sua função e se reproduza descontroladamente, originando um tumor . O BRCA1 e 2 são tipos de anti-oncogeneres.
Quando esses genes sofrem mutação, eles perdem a sua capacidade de defender o organismo e evitar o aparecimento de tumores. Logo, o indivíduo que possui mutação no gene BRCA1 ou BRCA2 (já foram encontradas mais de 1000 tipos de mutação) está mais propenso a desenvolver cânceres, principalmente de mama e ovário.
Redução do Risco
Para reduzir os riscos de câncer de mama, a remoção dos ovários ou das mamas é uma proposta que deve ter base nos respectivos fatores de risco e redução esperada em um diagnóstico de câncer de mama de uma mulher.
Alterações genéticas são o principal indicativo dessas cirurgias, principalmente pelas mutações encontradas nos genes BRCA1 e BRCA2, que determina o risco de câncer de mama entre 81% e 85% nas portadoras desta mutação.
No caso das portadoras do BRCA1, o risco de desenvolver o câncer de mama até os 70 anos será de 60% e de 55% se o BRCA2 também tiver sofrido mutações. É importante destacar que as mulheres que são portadoras do gene BRCA1, que possuem histórico de amamentação em um período mínimo de 12 meses, reduzem em mais de 30% o risco do câncer de mama. Retirar os ovários ao redor dos 40 anos reduz o risco em mais de 50%, nas portadoras dos genes BRCA1 e BRCA2.
É importante lembrar que qualquer procedimento cirúrgico para a redução do risco de desenvolver um câncer deve ser aconselhado e acompanhado por um médico especialista.