De sinônimo de trauma e mutilações a uma doença com boas chances de cura: o histórico do câncer de mama mostra os avanços que o seu tratamento teve no mundo e, mais especificamente, no Brasil.
Ao analisar essa trajetória, torna-se claro que o acesso a informações e à realização de mamografia é uma evolução importante no combate à doença. No entanto, ainda é necessário que mais pessoas se conscientizem e passem a lutar por essa causa.
Quer entender melhor essa história? Acompanhe nosso post e conheça os primeiros registros e avanços tecnológicos no diagnóstico e tratamento do câncer de mama!
Origem do câncer
De acordo com a publicação A mulher e o câncer de mama no Brasil, do Ministério da Saúde, foram os egípcios e gregos que fizeram os primeiros registros de tumores nas mamas.
O médico Siddhartha Mukherjee, autor do livro O Imperador de Todos os Males, retrata a história da doença e diz que a descrição médica mais antiga que se conhece é de 2.500 a.C., atribuída ao sacerdote egípcio Imhotep. São descritos 48 casos médicos e um deles se refere a uma “massa protuberante no seio”, o que indicaria um câncer de mama.
A palavra câncer foi utilizada pela primeira vez por Hipócrates para denominar uma massa com formato de caranguejo enterrada sob a pele.
Marcos no mundo
Os registros mostram que, em 1778, em Londres, a cirurgia era a recomendação para o câncer de mama localizado. Em 1890, é realizada a mastectomia radical para a eliminação do tumor (com a retirada de músculos do tórax e nódulos da axila).
Já no início do século XX, houve tentativas de eliminar o tumor com Raios-X. Somente em 1950 teve início a realização de cirurgias com mastectomia simples e de retirada de nódulos.
Em 1976, ensaios clínicos apontaram que a cirurgia conservadora de mamas, acompanhada da radiação, poderia ter resultados similares à mastectomia radical.
Em 1985, cientistas descobrem a versão humana do gene cancerígeno HER2 e, em 1987, são publicados dados que mostram a ligação do HER2 com um tipo agressivo de câncer de mama.
Em 1993, é descoberto o gene BRCA1, ligado também ao câncer de mama.
Controle da doença no Brasil
Veja, a seguir, iniciativas importantes no Brasil:
- 1970 – chegada dos primeiros mamógrafos no país;
- 1973 – criação do Programa Nacional de Controle do Câncer (PNCC), iniciativa com foco nos cânceres femininos por meio de ações preventivas (mamografias e exames de Papanicolaou);
- 1984 – criação do Programa de Assistência à Saúde da Mulher (PAISM) pelo Ministério da Saúde, com ações para a detecção precoce do câncer de mama;
- 1987 – lançamento do Pró-Onco, programa do Ministério da Saúde e do Inamps para ampliar a informação e a prevenção dos cânceres femininos;
- 1988 – com a criação do SUS, as medidas de controle da doença são intensificadas;
- 1990 – lançamento do Programa Viva Mulher, voltado para o controle dos cânceres do colo do útero e mama;
- 2004 – lançamento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM);
- 2005 – lançamento da Política Nacional de Atenção Oncológica, com destaque para controle do câncer de mama;
- 2009 – criação do Sistema de Informação do Controle do Câncer de Mama (Sismama), ferramenta voltada para ações de controle da doença;
- 2012 – instituição do Programa Nacional de Qualidade da Mamografia.
Avanços tecnológicos
Quando se fala no histórico do câncer de mama, é fundamental mostrar os avanços tecnológicos. Em 1960, foi criado o primeiro equipamento para realizar mamografia, considerado um dos exames mais importantes até hoje para o diagnóstico da doença. Já em 1996, é lançado o primeiro sistema de biópsia a vácuo, facilitando a identificação dos primeiros sinais do câncer.
Cirurgias cada vez menos invasivas, com o uso da robótica, aparelhos de radioterapia que só atingem áreas doentes, desenvolvimento de quimioterápicos que causem menos mal-estar e cirurgias de reconstrução mamária também são inovações na área.
É importante conhecer o histórico do câncer de mama e todos os avanços no controle e tratamento da doença. Assim, cada vez mais, as pessoas se informam e também podem se sensibilizar, participando de iniciativas de apoio a pacientes.
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