A Fundação Laço Rosa esteve presente no Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, que aconteceu no Plenário da ALERJ.
O Fórum de Desenvolvimento do Rio foi criado pela ALERJ para conectar iniciativas, promover debates e criar uma agenda comum que reúna academia, sociedade civil organizada e o Parlamento fluminense. Composto por 44 instituições, o Fórum tem como foco a promoção do desenvolvimento econômico, social e ambiental do estado a partir de um diálogo franco, transparente e aberto a todos que queiram participar das reuniões das câmaras setoriais e eventos.
O Fórum que aconteceu na última terça-feira (14), teve como tema: “Prevenção, qualidade de vida e sustentabilidade na agenda das políticas públicas.”
A adoção de um estilo de vida saudável, com bons hábitos alimentares associados à prática de atividades física, é uma poderosa arma contra inúmeras doenças e deve ser estimulada por meio de políticas públicas. Segundo especialistas, no caso do Brasil, em que o setor saúde é financiado em grande parte por recursos públicos, as medidas preventivas geram também impactos econômicos positivos. A constatação foi feita durante o Seminário "Prevenção, Qualidade de Vida e Sustentabilidade na agenda das políticas públicas". O evento, organizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio, em parceria com a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer, abordou temas como a alimentação saudável e sustentável e a atividade física, além de propostas bem sucedidas no combate ao tabagismo.
Dados apresentados durante o evento comprovam os elevados custos e prejuízos, tanto humanos como sociais e econômicos, registrados pelas estatísticas oficiais. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 90% dos casos de câncer de pulmão no país são causados pelo uso de derivados do tabaco. Segundo Paula Johns, diretora executiva da Aliança de Controle do Tabagismo, o aumento do imposto sobre o produto e a elaboração de outras estratégias antitabagismo foram essenciais na diminuição do percentual de fumantes no país.
“O aumento de 10% no preço do produto representou uma queda de 8% no consumo”, explicou Paula Jonhs. Já os impactos na esfera econômica apontam que são gastos R$56,9 bilhões ao ano com o tratamento de doenças causadas pelo tabagismo enquanto a arrecadação de impostos sobre a venda de cigarros é de apenas R$13 bilhões ao ano. “Diante da crise que estamos vivendo, a indústria do tabaco é um lugar legítimo para levantar impostos”, completou Paula.
A deputada Ana Paula Rechuan (PMDB), presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer da Alerj, também defendeu a importância de discutir o aumento da taxação do cigarro. “Além de desestimular o fumo e aumentar a arrecadação, esse imposto poderia ser revertido positivamente para a população. Essa verba seria destinada a estratégias de prevenção e tratamento de doenças causadas pelo tabagismo”, disse Rechuan.
Na ocasião, Paula Johns também detalhou outras ações efetivas adotadas pelos governos, além do aumento de impostos, que surtiram efeito no combate ao fumo e que também podem ser replicadas para setores como a proibição de propaganda promoção e patrocínio; proibição de venda de produtos não saudáveis em escolas e criação de espaços públicos atraentes e seguros para a atividade física.
Importância da atividade física e da alimentação
Depois do cigarro, o sedentarismo é o fator de risco que mais mata no mundo, responsável por 5,3 milhões de vítimas anuais. De acordo com Ricardo Brandão, doutor em Educação Física pela Stanford University School of Medicine, a literatura científica já comprovou a relação direta entre a falta de exercício e algumas doenças como o câncer de cólon e útero, hipertensão, diabetes tipo II, acidente vascular entre outras. Já a prática de atividade física pode reduzir em cerca de 10% a incidência dessas patologias.
Fonte: http://bit.ly/2A2Sxed