Uma das melhores formas de detecção precoce do câncer de mama é o exame de mamografia. No entanto, ele não é perfeito, pode apresentar algumas discrepâncias em relação a situação real do paciente, como o falso positivo.
Um desses casos de falso positivo mais comum é a lesão de alto risco. Ela possui um aspecto duvidoso com células anormais, mas não é considerado maligno. Por isso, na maioria das vezes, são realizadas biópsias e cirurgias para a sua remoção, porém em 90% dos casos as lesões são benignas.
Visando a melhoria da detecção e diagnóstico dessas lesões, pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT, do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um sistema com Inteligência Artificial que analisa se as lesões encontradas na mamografia poderão evoluir para um câncer.
Foram testadas 335 lesões de alto risco e o sistema diagnosticou corretamente 97% dos casos, reduzindo o número de cirurgias desnecessárias. Esse sistema possui informações de mais 600 tipos de lesões, além de levar em consideração informações como histórico familiar e médico, dados demográficos, estudos patológicos e exames realizados anteriormente.
O sistema desenvolvido pelos pesquisadores ainda se encontra em período de testes, mas é um grande avanço para a detecção e diagnóstico do câncer de mama. O que se espera é que, no futuro, esse modelo possa ser desenvolvido para outros tipos de câncer.