Fundação Laço Rosa influencia políticas públicas e empodera pacientes com câncer de mama
Programas e ações da entidade evidenciam importância do diagnóstico precoce através de informação confiável e descomplicada. Novo portal, ampliação do projeto Força na Peruca e Fórum de Políticas Públicas nacional são algumas das novidades para 2017.
O câncer de mama é o tipo mais frequente nas mulheres brasileiras. E foi para ampará-las nesse momento difícil que, em 2011, foi criada a Fundação Laço Rosa — uma instituição sem fins lucrativos, que nasceu a partir da emocionante história de vida de três irmãs, e que hoje se destaca não só no Brasil, mas internacionalmente, na disseminação da informação de qualidade, na influência de políticas públicas para o câncer de mama e na defesa de direitos de pacientes e resgate da autoestima.
“É impossível passar por uma experiência de câncer na família sem mudar o olhar para o mundo e, principalmente, sem se colocar no lugar do outro”, destaca Marcelle Medeiros, uma das fundadora e presidente da instituição, lembrando da doença que bateu à porta de suas duas irmãs — ela mesma é considerada paciente do grupo de altíssimo risco.
Os primeiros programas da Fundação Laço Rosa foram o Banco de Perucas Online, pioneiro em realizar doações gratuitas de perucas para pacientes em quimioterapia, e o Rosas do Morro, que leva a comunidades carentes informações sobre a doença e os direitos da mulher. Só o Banco de Perucas já foi responsável pelo atendimento de mais de três mil famílias de todo o País pelo portal www.fundacaolacorosa.com. São em média 80 a 100 atendimentos por mês, e o fluxo só não é maior por falta de patrocínio. O acessório chega em forma de presente numa embalagem recheada de mimos, incluindo também cartas de incentivo escritas por pacientes que se curaram ou que também vivem situação semelhante.
Hoje, seis anos depois, esse trabalho se expandiu, ganhando corpo e desdobrando-se em muitas outras iniciativas. O portal ganhou um novo formato, passando a ser uma plataforma interativa, dinâmica e de fonte segura, que vai abordar desde assuntos científicos a comportamento feminino. Um espaço inédito para acolher o paciente com câncer de mama e as pessoas que vivem ao redor dessa doença. Além disso, do Banco de Perucas nasceu o curso Força na Peruca, um importante programa de qualificação profissional em perucaria, pioneiro no País, que já formou três turmas de profissionais oriundos de comunidades carentes do Rio de Janeiro para a confecção de perucas.
“Percebemos que formar profissionais peruqueiros era fundamental para a sobrevivência do projeto do Banco de Perucas. Esses alunos ganham um ofício, recebendo todas as orientações para fazer desse aprendizado um negócio, e a contrapartida é destinar parte da produção à Laço Rosa. Ano a ano, recebemos centenas de doações de cabelos, pois já somos referência em todo o Brasil. Mas isso não basta: é preciso criar um fluxo e também uma participação mais completa nesse processo de doação. Sem isso, o projeto não é capaz de se sustentar”, reforça Marcelle, agradecendo o apoio da campanha #fortalizese, idealizada pela Exímia, unidade de negócios da FQM Farmoquímica, e a parceria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) nesta iniciativa. E adianta: “Em 2017, a capacitação será itinerante.”É que o programa Força na Peruca teve tanto sucesso que o governo australiano decidiu abraçá-lo, se unindo ao time de patrocinadores este ano. Desta forma, a capacitação acontecerá em outras cinco cidades brasileiras (Curitiba, Goiânia, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo), onde uma truckvan adaptada será um posto de coleta de cabelos e doação de perucas. #fortalizese vai envolver os principais nomes nacionais do hair beauty em uma ação solidária e de valorização do corte curto feminino.
Integrante da FECCM (Frente Estadual de Combate ao Câncer de Mama do Estado do RJ), movimento que possui 11 instituições organizadas e quatro movimentos sociais para articulação de agenda única na erradicação e melhoria de acesso para tratamento da doença, a Laço Rosa também atua para influenciar as políticas públicas de saúde. Desta forma, desde o ano passado, promove o “Fórum de Políticas para o Câncer de Mama (+ Encontro Estadual de Pacientes)”, encontro que enfatiza os entraves para diagnóstico e tratamento do câncer de mama, e que esse ano acontece no formato nacional, em maio de 2017, no Rio de Janeiro.
“Sentimos a necessidade de construir essa voz do paciente para brigar pelo tratamento nas esferas públicas e de juntar as instituições existentes para somar no discurso. Então, mais recentemente, criamos também um núcleo de Advocacy”, destaca Marcelle, que é Conselheira Estadual de Saúde, Conselheira Municipal do Direito da Mulher, pós-graduada em gestão de projetos e programas sociais, integrante do Professional Fellowship Program – Women Empowerment Labber 2015, do governo americano, e vem representando o Brasil numa série de encontros internacionais de organizações de câncer de mama.
E, como já é tradição, todos os anos a instituição ilumina com a cor rosa, tom que simboliza a luta contra o câncer mundo afora, monumentos da cidade do Rio de Janeiro, como o Cristo Redentor, em um evento emocionante de agradecimento e fé pela vida. Em 2016, as embaixadoras foram a apresentadora Sabrina Sato e as atrizes Isis Valverde e Alexandra Richter. “Os eventos do Outubro Rosa são pensados sempre de forma a chamar atenção da imprensa para impactar o maior número de pessoas sobre essa causa tão nobre. Pensamos em cada detalhe com muito carinho para que nossas pacientes e voluntárias sintam-se representadas”, diz Daniela Oscar, uma das fundadoras e diretora de marketing.
Como tudo começou
A história da instituição alia força e uma crença inabalável na vida. Em 2007, a carioca Aline Lopes, com 33 anos e grávida do primeiro filho, descobriu um câncer de mama. Assim começava uma batalha contra a doença. Ainda na gestação, Aline teve que passar por uma mastectomia e pelas sessões de quimioterapia. E para obter informações sobre o que estava vivendo, Aline usou a internet como grande aliada.
Inspirada pela história de Nancy G. Brinkera, da instituição Suzan G. Komen for the cure, ela começou a desenhar o projeto da Fundação Laço Rosa junto com as irmãs Andrea Ferreira e Marcelle Medeiros. A ideia era ajudar e orientar as pessoas com câncer de mama. Nesse período, o tumor voltou, o projeto de fundar a ONG acelerou e a ideia da criação de um portal onde as pessoas pudessem ter referências sobre a doença ganhou ainda mais força.
Em outubro de 2010, Aline Lopes lançou a Fundação Laço Rosa em uma noite memorável na Casa Julieta de Serpa. No mês seguinte, a fundadora da instituição faleceu e seu legado foi levado adiante por suas irmãs, com a criação oficial da instituição em 19 de abril de 2011. Andrea, a irmã mais velha, descobriu um câncer de mama em 2015 e segue lutando por sua recuperação.
“Sempre me perguntam como conseguimos levar adiante o trabalho da Fundação Laço Rosa com a dor da perda da minha irmã mais nova e com a minha irmã mais velha na luta pela recuperação. Não é uma questão pessoal e sim de acreditar na força do coletivo para transformar muitas realidades, inclusive a minha. Ser uma voz daqueles que não podem gritar é uma responsabilidade imensa e também um privilégio. É o legado que deixaremos nessa vida”, diz Marcelle.
Reforçando o trabalho da Laço Rosa, empresas como Approach Comunicação na assessoria de imprensa e F/Nazca Saatchi & Saatachi realizam parcerias estratégicas e probono. Marcas como CH PINK, Depyl Action, Dudalina, Enjoy, ICAP, Anethunn, Cia Marítima, Forno de Minas, Supermarket, Dumond, Wine, Exímia e Governo Australiano aportam recursos na instituição para sustentabilidade das ações. Os parceiros Metrô Rio e Instituto Invepar cederam a sede, situada na Avenida Presidente Vargas, 2.000, prédio anexo com funcioanemnto de 2a a 6a de 10h às 17h.
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Assessoria de imprensa da Fundação Laço Rosa
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