Search

Pesquisa feita por parceira entre Linkedin e Fundação

Para traçar um retrato do mercado de trabalho no país para quem tem ou teve câncer de mama, a Fundação Laço Rosa e o LinkedIn lançaram um estudo inédito, o Peito Pra Falar.

De acordo com a pesquisa, que contou com 932 entrevistas online, somente 31% das pessoas que enfrenta ou já enfrentou a doença continuaram a trabalhar. Além disso, mais da metade (55%) de pacientes e ex-pacientes acreditam que não têm as mesmas oportunidades que outros profissionais.

Entre os entrevistados estão mulheres e homens de 16 a 50 anos, de todas regiões brasileiras e de diferentes classes socioeconômicas. São pacientes, ex-pacientes ou quem tem, em seu círculo pessoal ou profissional, pessoas que têm ou tiveram câncer de mama.

Quer conhecer outros dados da pesquisa? Então confira nosso post!

Permanência no mercado de trabalho

Em relação a estar trabalhando ou ter trabalhado durante o tratamento, a pesquisa revelou que:

  • 26% das pacientes e ex-pacientes pararam de trabalhar devido à doença;
  • 43% disseram que trabalham ou trabalharam, mas que tiveram que tirar licença médica;
  • das mulheres que trabalham ou trabalharam, 22% afirmaram ser em período integral e 9% em meio período.

Desafios de continuar trabalhando

Os entrevistados que continuaram no mercado de trabalho apontaram como os maiores desafios:

  • conciliar os efeitos do tratamento com o dia a dia profissional (28%);
  • não conseguir largar o trabalho por fatores financeiros (21%);
  • ausência de políticas de apoio ao paciente (19%);
  • falta de compreensão de colegas de trabalho e superiores (13%);
  • o fato de a empresa não oferecer o benefício do convênio médico ou ter um plano que não cobre os exames necessários (13%);
  • falta de oportunidade de fazer home office (12%);
  • falta de flexibilidade no expediente (10%);
  • impossibilidade de se ausentar quando necessário (8%).

Razões para parar de trabalhar

Entre os motivos de quem precisou deixar de trabalhar devido à doença estão:

  • afastamento pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) (36%);
  • não estar bem para trabalhar no período do tratamento (23%);
  • razões pessoais (20%);
  • impossibilidade de conciliar trabalho e tratamento (10%);
  • demissão (8%);
  • não se sentir à vontade no local de trabalho por conta dos efeitos do tratamento (2%);
  • falta de apoio da empresa (1%).

Dispensa discriminatória

A pesquisa também perguntou sobre a dispensa discriminatória. Em relação a essa questão, mostrou que:

  • 26% dos pacientes com câncer de mama afirmaram desconhecer;
  • 18% dos pacientes revelaram já ter sofrido essa forma de dispensa;
  • 34% das pessoas que tinham pacientes com a doença em seu círculo pessoal ou profissional afirmaram não conhecer.

Direitos sociais

A pesquisa mostrou que 35% das pacientes ou ex-pacientes de câncer não conhecem seus direitos sociais.

Da amostra dos entrevistados que conheciam, os benefícios mencionados foram:

  • reconstrução mamária (88%);
  • aquisição de um automóvel com desconto do IPI (82,3%);
  • saque do FGTS (82%);
  • auxílio-doença (80%).

Apoio das empresas

Sobre o suporte que as empresas dão para quem tem ou já teve a doença, o levantamento apontou que:

  • 53% das pacientes e ex-pacientes acreditam que as empresas ainda não oferecem o apoio necessário;
  • 23,5% das entrevistadas afirmaram trabalhar ou ter trabalhado em uma empresa com políticas de apoio;
  • 23,5% não souberam responder.

Entre os exemplos de apoio que os pacientes receberam do local de trabalho estão:

  • flexibilização de carga horária (45%)
  • apoio clínico cobrindo os custos totais do tratamento (37%);
  • apoio psicológico (29%);
  • possibilidade de trabalho remoto (11%);
  • suporte na área jurídica (9%).

Desenvolvimento de habilidades

Pacientes e ex-pacientes destacaram ainda as habilidades que desenvolveram por conta da experiência com o tratamento:

  • paciência (55%);
  • persistência (53%);
  • resiliência (49%)
  • adaptabilidade (46%);
  • empatia (41%);
  • flexibilidade (30%).

Além da pesquisa sobre o mercado de trabalho, a Fundação Laço Rosa também lançou a plataforma Contratada, voltada para o empreendedorismo e emprego online para mulheres que enfrentam ou já enfrentaram o câncer de mama.

Gostou de conhecer esse levantamento? Então compartilhe esses dados com mais pessoas em suas redes sociais!

Siga o Instagram @fundacaolacorosa