Você tem o hábito de escrever sobre como se sente? Para algumas pessoas, esse ato pode ter fins terapêuticos, inclusive, para ajudar no tratamento de doenças como o câncer e a aids. De acordo com um estudo feito na Universidade de Haifa, em Israel, criar conteúdo para um blog, por exemplo, tem até mais eficácia que escrever em um papel. Nesse caso, a análise foi de adolescentes com fobia social e ansiedade.

A prática tem sido cada vez mais reconhecida pela medicina, como uma forma de escape para o estresse e a angústia que acompanham o diagnóstico de qualquer doença. Falar sobre o que se sente promove o autoconhecimento, auxilia na identificação de gatilhos emocionais (que podem desencadear episódios de pânico ou depressão) e até estimula a criatividade.

Saiba mais sobre a terapia da escrita!

Como surgiu a terapia da escrita?

Nos anos 1980, o psicólogo James Pennebaker fez um experimento com dois grupos de pessoas. O estudo consistia em: cada grupo tinha que escrever sobre um trauma vivido. Um deles precisava fazê-lo em detalhes, descrevendo sensações e sentimentos. O outro tinha que fazer um relato mais objetivo sobre o ocorrido. Ambos tinham um tempo de 15 minutos para concluir. Isso aconteceu durante 4 dias consecutivos.

Ao fim, foi concluído que todos os participantes tiveram suas idas ao médico reduzidas. O único “ponto negativo” da pesquisa era lidar com memórias desagradáveis, o que ocasionalmente era acompanhado de aflição e tristeza. Por outro lado, reviver (e escrever sobre) essas situações possibilitou um olhar diferente, mais maduro e consciente.

Como acontece?

O processo terapêutico se dá com a prática. Não se prenda à gramática nem à ortografia. A terapia da escrita também não deve ser confundida com um diário, que costuma narrar os acontecimentos. Ao escrever, você deve se questionar sobre sentimentos, emoções e pensamentos relacionados a situações que viveu ou tem vivido e que causam ansiedade, medo, apreensão etc.

Não precisa de pressa, respeite seu tempo. Talvez, existam ocasiões sobre as quais você ainda não esteja pronto(a) para refletir (e escrever) a respeito. Então, siga praticando, estimulando o hábito até que ele se torne natural e você consiga ver diferença no dia a dia. Com o tempo, você vai passar a reconhecer e lidar melhor com os acontecimentos da vida.

Como começar a terapia da escrita?

Um dos principais benefícios desse método é sua praticidade. Apenas um papel e uma caneta são necessários para começar. Basta ir a um lugar confortável e silencioso, onde se sinta à vontade, e iniciar. Se preferir, ponha uma música que relaxe e/ou um aroma. O ambiente harmônico vai favorecer sua prática.

A terapia da escrita não auxilia apenas pessoas doentes, pelo contrário, essa técnica é uma das mais reconhecidas quando o assunto é saúde mental e autoconhecimento. Por promover a necessidade de superação e ajudar seus praticantes a seguir em frente, livrando-se de frustrações e mágoas do passado. Se não conhecia, aproveite a oportunidade para começar e usufruir das vantagens desse método.

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