Ao receber o diagnóstico de câncer de mama, tanto a paciente quanto seus familiares e amigos próximos ficam cheios de dúvidas. A principal delas é com relação ao tratamento do câncer de mama: como é feito, se há efeitos colaterais, se a cirurgia é realmente necessária, entre outros questionamentos.
Vale lembrar de que há vários tipos e estágios de câncer de mama e, por isso, não afeta de maneira igual todas as pacientes. Por isso, explicaremos neste post quais são os tipos e como é feito o tratamento tradicional. Acompanhe!
Quais são os tipos de câncer de mama?
Há diversos tipos de câncer de mama, que se diferenciam com relação ao local, como o tumor se desenvolve e de acordo com a classificação molecular. A seguir, listamos os mais comuns.
Carcinoma ductal invasivo
É o mais comum e se instala no ducto mamário. Se não for descoberto e tratado a tempo, espalha-se na forma de metástase e atinge outras regiões do corpo, ficando mais difícil de tratar.
Carcinoma lobular in sito
Esse é considerado o segundo tipo mais comum entre as mulheres. As células cancerígenas surgem dentro das glândulas responsáveis pela produção de leite. É menos agressivo e, portanto, mais fácil de ser tratado.
Carcinoma ductal in sito
É um tipo de câncer em estágio inicial, isto é, as células cancerígenas ainda não se espalharam. A chance de metástase é bem pequena e quase todas as pacientes diagnosticadas nesse estágio da doença podem ser curadas.
Carcinoma lobular invasivo
Os tumores se instalam nas duas mamas. Esse tipo também pode acometer o ovário. É o mais difícil de ser descoberto e as chances de se espalhar pelo organismo infelizmente são bastante altas.
Doença de Paget
Esse é o mais raro e se desenvolve na região das auréolas ou mamilos. Somente nos estágios mais avançados é que há risco de metástase.
E os subtipos mais comuns?
Os tipos de câncer de mama são divididos em subtipos de acordo com as características das células cancerosas. A seguir, conheça os detalhes de cada um.
Luminal (A e B)
Esse subtipo é o mais comum tem receptores de hormônios femininos e, por isso, é bastante responsivo a ao tratamento hormonal. Ele é chamado câncer luminal A quando as células crescem lentamente e luminal B quando o crescimento é acelerado.
HER2 positivo
Esse subtipo de câncer de mama apresenta o receptor HER2 na membrana celular. Todas as células normais do corpo têm 2 cópias de cada gene. As desse tipo de tumor podem ter mais de 10 cópias do gene HER2, por isso seu crescimento tende a ser mais acelerado.
Triplo negativo
É chamado de tripolo negativo por não apresentar receptor de HER2 nem de estrogênio e progesterona. Os tumores dessa classificação são menos diferenciados e com maior índice de proliferação.
Como é o tratamento do câncer de mama?
Há várias formas de tratar o câncer. Alguns tratamentos são mais invasivos e outros menos agressivos. Tudo dependerá do estágio da doença, do tipo de tumor e do aparecimento ou não de metástase. A indicação só poderá ser feita por um médico, que analisa o tipo de câncer e as condições particulares de cada paciente.
Geralmente, quando o câncer ainda está em estágio inicial, recomendam-se os tratamentos locais, como cirurgia e radioterapia, que não afetam outras partes do corpo. Quando passa dessa fase, normalmente indicam-se tratamentos sistêmicos, como quimioterapia e hormonoterapia, que conseguem atingir as células cancerígenas em qualquer parte do corpo.
A seguir, conheça melhor os tratamentos mais comuns para combater o câncer de mama.
Cirurgia
É indicada para os casos em que o câncer ainda não se espalhou. A remoção de uma quantidade grande de células cancerígenas aumenta as chances de cura e facilita o resto do tratamento. O tipo da cirurgia depende do tamanho do tumor, que pode ser apenas de uma parte (quadrantectomia) ou da mama inteira (mastectomia).
Radioterapia
Trata-se da aplicação de radiação ionizante na mama afetada por meio de um aparelho semelhante ao de radiografia. Geralmente a radioterapia é indicada para quem realizou a cirurgia e ajuda a eliminar e inibir a multiplicação de células cancerígenas que não tenham sido removidas cirurgicamente. A sessão é indolor e dura apenas alguns minutos.
Quimioterapia
Consiste na aplicação de uma combinação de medicamentos para impedir a proliferação das células anormais e para eliminá-las. Infelizmente, pode trazer efeitos colaterais, como náuseas, cansaço extremo e queda de cabelos. A ministração é feito via intravenosa e, eventualmente, via oral. A quimioterapia é administrada em ciclos e é normal mudar os medicamentos ao longo do tratamento.
Hormonoterapia
Alguns tumores são estimulados por hormônios femininos. Assim, a hormonoterapia consiste em impedir a atuação desses hormônios sobre os receptores presentes nas células tumorais. Há várias formas desse tratamento, desde a retirada dos ovários até a administração de remédios injetáveis ou orais.
Tratamento multidisciplinar
É fundamental contar com uma equipe multidisciplinar para lidar melhor com a doença. Além de médicos e enfermeiros, você poderá contar com a ajuda de outros profissionais, como nutricionista, fisioterapeuta, assistente social e psicólogos.
Todos são treinados de modo a orientar e acolher a paciente, seus familiares e cuidadores para oferecer o melhor tratamento durante a doença. O suporte emocional faz parte do tratamento e consegue potencializá-lo, aumentando as chances de cura.
Enfim, o tratamento do câncer de mama pode ser feito de diversas formas e depende do tipo e do subtipo de tumor, das condições de saúde da paciente e do protocolo a ser realizado pelo médico. De toda forma, é fundamental manter-se confiante e contar com o apoio de uma equipe de profissionais, dos amigos e familiares. Lembre-se de que quanto mais cedo a doença for descoberta, mais fácil será o tratamento.
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