Em 2013, muitas pessoas consideraram extrema a atitude da atriz Angelina Jolie de retirar as mamas e os ovários. Na verdade, foi uma decisão preventiva, já que ela fez um exame que detectou a mutação nos genes BRCA. Além disso, tinha histórico de câncer de mama na família.
O teste apontou que Jolie tinha aproximadamente 87% de chance de desenvolver a doença até os 50 anos. Mas, afinal, qual exame ela realizou para descobrir isso? A atriz se submeteu ao mapeamento dos genes BRCA1 e BRCA2.
Quer entender melhor qual a relação desses genes com o câncer de mama? Então, confira nosso post: veja a importância desse mapeamento genético e saiba quem deve realizar!
O que são os genes BRCA1 e BRCA2?
Todo mundo tem os genes BRCA1 e BRCA2, que são responsáveis por impedir o desenvolvimento de tumores por meio da reparação das moléculas de DNA. São, portanto, genes que protegem nosso organismo contra o câncer.
No entanto, caso um desses genes sofra alguma mutação, ele não consegue mais realizar essa função de proteção, o que deixa a pessoa mais suscetível a tumores de mama, ovário e próstata.
De acordo com o site da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), as mutações nesses genes respondem por apenas 5% a 10% dos casos de câncer de mama em toda a população. Além disso, o risco hereditário dos tumores de mama e ovários está associado a alterações no BRCA1 e BRCA2.
Qual a importância de realizar desse mapeamento genético?
O teste faz a identificação dessa mutação. Caso o resultado seja positivo, a mulher pode adotar medidas para evitar que o câncer se desenvolva, como:
- remoção das mamas;
- retirada dos ovários;
- quimioprevenção.
O resultado do exame é mais preciso quando o familiar que teve câncer também tem os genes analisados. O laboratório faz a leitura desse material genético e utiliza esses dados como forma preventiva, analisando outras pessoas da mesma família para saber se há ou não o risco aumentado para a doença.
Caso seja detectada a mutação, a escolha de qual atitude tomar não é uma decisão fácil e envolve uma longa conversa entre médico e paciente.
Quem deve fazer esse exame?
Mas, afinal, todas as mulheres devem fazer esse exame? Não. Como dissemos, uma pequena parcela dos casos de câncer de mama e ovário é decorrente das mutações nesses genes. Desse forma, o teste é indicado para quem tem parentesco direto com o paciente que desenvolveu o câncer de tipo hereditário.
A indicação para fazer o exame é para mulheres que têm a incidência de três casos do mesmo lado da família e em parentes próximos, como mãe e avó. Pessoas que tenham familiares que desenvolveram o câncer antes dos 50 anos também podem se submeter ao teste.
Agora você já sabe como o exame que mapeia os genes BRCA1 e BRCA2 pode ajudar na prevenção da doença para casos específicos. É importante destacar, ainda, que o Projeto de Lei 25/19 garante a realização do mapeamento pelo SUS a quem está no grupo de risco.
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