Já ouviu falar sobre o câncer de mama triplo negativo? Apesar de não ser tão popular, ele pode se desenvolver de forma mais agressiva e acomete mulheres jovens, geralmente, com idade inferior a 40 anos. Relativamente novo, os primeiros estudos começaram em 2005 e pouco se sabe sobre sua origem.
Por outro lado, o tratamento, os fatores de risco e os sintomas são similares aos do câncer de mama comum, assim como a premissa de que quanto mais cedo for realizado o diagnóstico mais chances de a paciente sobreviver à doença. Vamos entender mais sobre ela?
Entenda o câncer de mama triplo negativo
O tumor triplo negativo representa cerca de 15% dos casos de câncer de mama no mundo. Ele é uma das subcategorias da doença, que são: luminais A e B, HER2 positivo e o próprio. Seu diagnóstico é feito por meio da análise imuno-histoquímica, que, caso positivo, apresenta a ausência desses três biomarcadores que apontam o câncer: HER2, estrogênio e progesterona.
Ele é considerado mais agressivo devido às chances de retornar após o tratamento. Apesar de as pesquisas avançarem a favor desses pacientes, ainda não há uma fórmula específica, o que favorece seu reaparecimento.
Quais são os fatores de risco?
Qualquer mulher pode desenvolver o câncer de mama triplo negativo. Contudo, as latinas, as que apresentam mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 e as afro-americanas são mais propensas. São esses genes que auxiliam na proteção do organismo contra o câncer. Diante da mutação, eles perdem essa capacidade, tornando o corpo mais suscetível a ser atacado. O fator hereditário também deve ser considerado, sendo mais suscetível quem tem histórico familiar de câncer de mama ou ovário.
Como se dá o tratamento?
Geralmente, o tratamento se dá por meio da radioterapia e da quimioterapia neodjuvante, isto é, quando ela é realizada antes da cirurgia de retirada da mama. São elas que ajudam a diminuir o tumor. Entidades médicas têm estudado sobre a ação de inibidores, como os PARP, cuja ação torna as células cancerígenas menos resistentes à quimioterapia, aumentando as chances de melhora da paciente.
Além disso, a imunoterapia também tem se mostrado promissora. Uma pesquisa feita nas clínicas americanas Mayo e na Caris Life Sciences mostrou que 25% das pacientes tiveram a doença controlada com a ajuda dessa terapia. Ainda, é avaliada a possibilidade da associação dos dois tratamentos (imunoterapia e quimioterapia).
Considerando a alta taxa de mortalidade relacionada à rápida velocidade com a qual as células se multiplicam e a ausência de um tratamento específico, a descoberta precoce é uma grande aliada para resultados eficazes.
As medidas de prevenção são as mesmas para se proteger contra o câncer de mama: tenha um cardápio saudável no dia a dia, evitando alimentos ultraprocessados; exercite-se com frequência; não fume e evite bebidas alcoólicas. Além disso, faça a mamografia todos os anos, especialmente se você tem histórico familiar (não necessariamente do câncer de mama ou ovário).
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