O Sistema Único de Saúde cobre o tratamento do câncer — mas sabemos que, uma vez descoberto, a prioridade de qualquer paciente é acelerar o processo, agilizando a marcação de consultas e exames para, enfim, iniciar a quimioterapia ou radioterapia. Mas, para quem não deseja contar com o SUS tampouco com um plano de saúde existe outra opção: o seguro de vida câncer de mama.
Diferente do que muitos pensam, o seguro não atende apenas aos beneficiários após a morte do paciente. É possível usá-lo para ajudar com as despesas durante o tratamento e, assim, não mexer tanto no orçamento da família.
Quer entender melhor como funciona? Leia os próximos tópicos.
O que é seguro de vida?
Assim como o seguro automotivo, que visa tranquilizar o segurado em caso de roubo ou dano ao seu veículo, o seguro de vida objetiva proporcionar estabilidade e segurança para quem contrata (ou para quem ele deseja beneficiar).
O contratante, de acordo com as possibilidades oferecidas pela empresa, opta pela cobertura que melhor lhe parece. A mais comum é no caso de morte, mas um seguro abrange eventos que podem ou não ocorrer, e ocorrendo, viabiliza a indenização. Alguns exemplos desses eventos são: invalidez, assistência funeral, despesas médico-hospitalares e doenças graves.
Como funciona?
Depois que encontrar uma seguradora de confiança, basta fazer uma simulação (a maioria das companhias permite pelo próprio site) de acordo com as suas preferências. É o titular quem define o valor do seguro. Em seguida, o contratante recebe o contrato, com as coberturas e regras (apólice), e não deve assiná-lo sem ler e entender.
Por fim, deve-se realizar o pagamento, que pode ser mensal ou anual, dependendo do plano escolhido. Como qualquer seguro, se o pagamento for interrompido, o segurado perde a cobertura. O valor depende não só do que foi escolhido, mas também do perfil de risco, ou seja, se a pessoa tiver alguma doença, como câncer de mama, a despesa é maior.
Caso tenha interesse em manter o seguro, é necessário renová-lo periodicamente. Se decidir por não prosseguir com o pagamento, o titular não recebe o dinheiro de volta, a não ser que seja um seguro resgatável. Essa modalidade estabelece, desde o início, que haverá um período de pagamentos e, posteriormente, o prêmio será resgatado. É parecido com uma carta de crédito.
Por que é importante ter um seguro de vida?
O seguro de vida é um investimento que se faz em segurança. Todo mundo está sujeito a imprevistos e se preparar para eles é fundamental para ficar tranquilo, bem como proteger a família. Saber que seus familiares estarão seguros na sua ausência, que não precisarão depender de terceiros, ou que você tem uma reserva financeira programada para a situação é um alívio e tanto.
Hoje, é possível encontrar seguradoras que cubram o câncer de mama, não apenas em caso de morte do paciente, mas, principalmente, no tratamento. Assim, se não tiver uma poupança e precisar de dinheiro, não será necessário pedir empréstimos. Se for afastado do trabalho, o seguro vai ajudar a segurar as pontas, como as despesas com remédios, alimentação diferenciada, cuidadores etc.
Se for do seu interesse encontrar uma modalidade assim, frise sua necessidade durante a contratação. Esconder essa condição é fraude. Procure uma seguradora confiável, que se encaixe nos seus requisitos e solicite uma proposta.
O que levar em conta ao contratar um seguro de vida?
Caso a pessoa já tenha câncer, é possível que o prêmio do seguro só seja liberado mediante invalidez parcial ou total. Invalidez é uma das condições que garantem o recebimento do dinheiro. Nesse caso, a empresa vai solicitar um relatório médico que comprove essa condição para liberá-lo.
Também existe a possibilidade de contratar antes de diagnosticar a doença. Aqui, é preciso confirmar e aguardar o período de carência, se houver um. Depois, basta pedir ao oncologista um documento que comprove a doença e a paciente recebe o valor definido.
A cobertura é a parte mais importante de um seguro. Algumas são muito completas e englobam até mesmo assistência domiciliar. Por isso, antes de contratar, é indispensável analisar todas as opções e, mesmo que não seja agradável, imaginar os piores cenários, priorizando seu próprio bem-estar e o da sua família.
O câncer de mama traz consigo muita incerteza, em relação ao futuro, ao êxito do tratamento, da retomada da vida profissional, sexual etc. Logo, quanto mais preocupações for possível eliminar, melhor para a paciente. Tanto o SUS como o sistema privado de saúde dão suporte para o tratamento da doença, no entanto, para se ter mais conforto e qualidade, vale a pena contar com uma renda extra à disposição.
Em média, a seguradora leva até 30 dias para repassar o valor, então, é interessante que o paciente se planeje com folga para preparar a documentação e fazer sua solicitação. A quantia recebida é isenta de Imposto de Renda — não pela condição da pessoa em si, mas por estar relacionada a uma indenização de seguro de vida.
A apólice é o documento que representa o seguro e, se possível, não o assine sem que um advogado o leia e avalie primeiro. Nas cláusulas, é comum que as seguradoras deem espaço para ambiguidades e, mesmo a justiça favorecendo o consumidor nesses casos, a ideia não é recorrer a um tribunal, certo?
Com a popularidade do serviço, já se encontram seguros voltados exclusivamente para o público feminino, e que abrangem doenças graves, como os cânceres mais frequentes (mama, colo do útero e ovário). De qualquer maneira, leia o certificado com cautela e se certifique de estar de acordo com a sua necessidade e pretensão futura.
Se a ideia por trás da contratação do seguro de vida câncer de mama, é ter um dinheiro reserva para as despesas do tratamento, ok. Mas, se o intuito for resguardar seus familiares, enquanto beneficiários, garanta que a cobertura vai deixá-los amparados diante de um imprevisto. Esse é o principal objetivo de um seguro: proporcionar segurança.
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